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A liberdade não se compra em liquidação, nem é virtual

  • Foto do escritor: Eliza Maciel
    Eliza Maciel
  • 25 de nov. de 2022
  • 1 min de leitura

Esse é o mundo de certezas e de especulação das certezas. Um mundo em que sonhamos com gaiolas, de preferência douradas.


Vivemos num tempo-espaço onde temos que saber de tudo. Consumimos manchetes e fofocas; pesquisas, opiniões e memes. Inventamos as profissões do “influencer” e do “coach”. In English, claro!!


Adoramos frases feitas. O conselho, que antes achávamos que, se fosse bom venderíamos; hoje é vendido com “royalties”. Prometem-nos dicas, receitas, listas de “to do”. Oferecem-nos um roteiro de existência. Assim, vamos marchando, influenciados e treinados, rumo a um lugar supostamente garantido de felicidade e suce$$o.


Fascinados pelas vitrines virtuais, somos consumidos e somos seguidores, ao mesmo tempo. Isso determinou novos paradigmas no mundo, organizou-nos em rede, acelerou a comunicação e determinou outros modos de trocas. Paradoxalmente, diminuiu as distâncias e aumentou o isolamento.


Identificação e cancelamento são duas faces da mesma crueldade. Atrelados à primeira, banimos o diferente mostrando assim o outro lado da história. Desta forma somos mais sós e menos livres. A liberdade implica na possibilidade de pensar por si, fazer escolhas, aventurar-se nos riscos delas e assumir a responsabilidade por isso. A liberdade não se compra em liquidação, nem é virtual.

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