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A ressaca

  • Foto do escritor: Eliza Maciel
    Eliza Maciel
  • 4 de nov. de 2022
  • 1 min de leitura

Difícil atravessar esta semana sem ser sacudida pelos acontecimentos que transtornam o nosso país. Apesar de a Psicanálise ser apartidária, ela se posiciona sempre pelo direito à singularidade, pela responsabilidade de cada um a partir disso e pela articulação das diferenças. Passa ao largo de uma moralidade, para convocar cada um de nós à ética que nosso desejo nos implica e a saber que pagamos com a vida por nossas escolhas. Eu disse com a vida, não com a morte.


O resultado das urnas confirmou o que todos sabíamos: somos um país dividido. Incrédulos da possibilidade de uma terceira via, optamos pela polaridade. Difícil afirmar se a eleição foi definida pela convicção da maioria ou pelo princípio da rejeição. Mas é bom constatar que, como falou Ed René Kivitz num Reel que viralizou, não se tratava de discutir no Brasil sobre corrupção; mas sim sobre marcos civilizatórios.


Jorge Forbes, psicanalista, nos alerta que uma análise não serviu pra nada se não levou o analisando ao entusiasmo – do Grego ENTHOUSIASMOS “estar inspirado ou possuído por um deus”. Sendo uma palavra pré-cristã, remete-nos à manifestação do que há de divino no humano, aquilo que transcende nossa existência banal.


Precisamos então colocar o Brasil no divã. A oposição é um direito de cada um diante do “Mal-Estar na Civilização”, mas isso não se equivale à apologia do ódio.



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