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Antagonismo e hostilidade

  • Foto do escritor: Eliza Maciel
    Eliza Maciel
  • 18 de nov. de 2022
  • 1 min de leitura

Pensar cada um a seu modo e expressar esse pensamento é um direito inalienável. Mas, a tirania – imposição de um poder ao outro – é marcada pela violência e pela opressão. Ela se opõe justamente à singularidade e à coexistência da diferença.


Renunciar à agressividade nos limites necessários à manutenção do laço social não é uma questão de escolha, ao contrário, é um princípio de manutenção da vida.


Freud destacava “três origens para o sofrimento humano: a força da natureza, a fragilidade dos nossos corpos e a inadequação das normas que regulam as relações mútuas dos seres humanos na família, no Estado e na sociedade”.


Suas palavras, nesse momento da história, parecem revigoradas. Aquilo que já era uma constatação advinda da sua observação no início do século XX ganha atualmente tons proféticos, como se um titã ameaçador tivesse acordado e surgido das entranhas da Terra. A pandemia, os transtornos climáticos e a polarização no Brasil e no mundo fazem dessa constatação freudiana um alerta. Levamos nossa existência a um ponto obrigatório de reversão? Consumimos nossos corpos, nosso planeta e nossas relações a um ponto que ameaça a vida de tornar-se insuportável?


Mais pós-moderno do que nunca, Freud também nos convocou à constatação de que “um antagonismo não é necessariamente uma hostilidade”.


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