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Caderno de viagem

  • Foto do escritor: Eliza Maciel
    Eliza Maciel
  • 22 de mar. de 2022
  • 1 min de leitura

“O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.” Clarice Lispector


O pior uso que se pode fazer de uma análise é o do encontro com a explicação que nos justifica e nos encerra.


Nada pode ser mais paralisante que isso. E, ao contrário, uma análise só pode ser uma convocação para que coloquemos o pé na estrada.


Compreender a nossa sintaxe é, no máximo, aprendermos a discriminar aquilo de essencial que cada um carrega na mochila ao traçar um roteiro – rascunho da trajetória – que pode mudar a qualquer instante: a partir das encruzilhadas, das informações ao longo do percurso; dos acontecimentos que põem em questão a própria rota, porque surpreendem, nos atravessam e embaralham o que antes fazia sentido.


Então é preciso retificar: às vezes tomar um atalho, às vezes caminhar mais tempo, ou ainda inventar outro caminho.


O pior uso que se pode fazer de uma análise é o desdobrar sem fim de entendimentos que nos amarram ao passado como se lá houvesse todas as respostas e essa tal de explicação.

 
 
 

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