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Pra onde olho e quem me olha?

  • Foto do escritor: Eliza Maciel
    Eliza Maciel
  • 3 de mar. de 2023
  • 1 min de leitura

Nascemos capturados por um olhar – o materno – ao qual nos alienamos pela necessidade e desejo de sermos amados. É nesse olhar que nos reconhecemos primeiro. Quando ela o desvia, interessada pelo seu próprio mundo, para além de nós, obriga-nos à constatação de que não somos o centro do universo e isso dirige nosso olhar também para além dela.


Falta, desejo, angústia, caminho e vida nascem ao mesmo tempo nessa hora em que nos inauguramos como sujeitos; e as marcas do enredo pessoal de cada um inventará uma história para os nossos sintomas.


A partir daí desejamos. Um verbo intransitivo, para o qual vamos “inventando” objetos, todos transitórios, pela via da produção e pela via do amor. Ser, ao mesmo tempo sujeitos desse desejo que nos faz nascer e objeto do amor do outro é o duplo desafio com o qual a vida brinca com a gente. Queremos olhar para o horizonte que vislumbramos como nosso e sermos olhados como aquele que o outro deseja. Sujeito e objeto – como é que se ocupa dois lugares num tempo só?



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