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MALDITO SATURNO BENDITO

  • Foto do escritor: Eliza Maciel
    Eliza Maciel
  • 3 de fev. de 2022
  • 1 min de leitura

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Saturno aponta sempre para o que nos falta, na dimensão da nossa humanidade. É o senhor da castração, do medo, da irresistível vontade de acharmos os culpados da nossa insatisfação e assim, apontando para eles, podermos nos queixar daquilo que deveríamos ter, conseguir, realizar.


Queremos acreditar que se assim não acontece, a culpa é de algo ou de alguém. Adoramos estacionar na ilusão de que não temos nada a ver com isso. Cristalizados nessa posição, Chronos – a primeira dimensão do tempo – nos atravessará na inércia das nossas vidas.


Severo e rigoroso, este Deus nos convoca a ganhar a consciência da nossa parte no destino que nos determinamos. Fatos acontecem, alguns demasiadamente duros. Ainda assim, a vida nos pergunta o que faremos deles. Como daremos significação e o que construiremos a partir disso?


A consciência é, no entanto, somente a primeira parte que convoca-nos à responsabilidade por nossas escolhas e indaga: Como agarraremos o momento pelos cabelos, na oportunidade do instante – Kairós – a outra dimensão do tempo, na qual nós que o atravessamos e escrevemos nele a nossa história?


A partir daí é trabalho, única via de realização.


 
 
 

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