Sobre o amor

É nossa incompletude que nos convoca ao amor. E se é um equívoco buscar que o outro nos complete; e como é(!!!) Somos convidados a nos confrontar com um trio: eu, o outro e o próprio amor, vetor a partir do nosso desejo. Sim, só abrimos as portas ao amor porque não nos bastamos!!

Articulado a partir de um traço qualquer – um sorriso, um beijo, um olhar, as mãos, o jeito que fala... – que, morando no outro, nos captura, reconhecemos o amor, um campo imantado para o qual somos atraídos.

E é por isso, vale dizer, que nosso compromisso é com o próprio amor, sentimento que se acende em nós a partir do outro e que se torna a via por onde seguimos buscando aquilo que nos justifica, nos honra e nos faz permanecer. O compromisso com o outro, objeto do nosso amor, se faz então por esse alinhavo, e é assim que nos tornamos responsáveis por isso que o outro cativa em nós.