Sobre o direito de decidir morrer...
- Eliza Maciel

- 17 de mai. de 2022
- 1 min de leitura
“Está Tudo Bem”, o último filme de François Ozon traz à cena a discussão sobre a decisão por uma morte assistida. Cansaço, dor, o pânico da inutilidade, de não ser mais capaz nem de decidir por isso... O entendimento de que a vida não guarda mais nem o prazer nem a utilidade. Dignidade – palavra tantas vezes evocada nesta decisão. O que é isso?
“Qualidade moral que infunde respeito; consciência do próprio valor; honra; autoridade; nobreza” – diz o dicionário.
Continuo perguntando: o que é isso? Quem ou o que define dignidade?
Alain Delon, conhecido ator francês, declarou sua escolha pelo suicídio assistido. Mora na Suíça, onde tal prática é permitida por lei.
Ficção e realidade cumprem o mesmo destino: colocam-nos de frente com o direito de decidir morrer.
No Brasil, por enquanto, nem a Ortotanásia, já permitida, é claramente regulamentada. A falta de clareza da lei embola mais a angústia do próprio questionamento, para uma decisão.
Precisamos falar amplamente sobre o assunto, pensar sobre isso. A clandestinidade costuma ser um facilitador ao risco de práticas que não são claras.






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