Tenha coragem de estar errado
- Eliza Maciel

- 24 de mar. de 2023
- 1 min de leitura
Para existirmos é preciso vencer o medo do cancelamento e a arrogância da unanimidade. Gosto da ideia de que só erra quem faz e do seu reverso – só se faz errando.
Gosto mais ainda do prefixo “des” – desfazer, desdizer, desconstruir, descortinar, desmontar, desbundar, des-ser. Gosto de toda essa possibilidade de não sermos obrigados a trilhar o caminho conhecido e assegurado. Se isso assusta, também fascina.
Desejo a dúvida, que me desarruma a lógica do que já parecia estabelecido. Desejo a outra possibilidade, aquela que não percebi antes. Desejo a interrogação.
Nesse processo de me des-saber, a angústia é minha hospedeira, e do abismo onde me habita me olha e me indaga – qual seu radical desejo? Onde te ameaça despedaçar-se?
Essa é, afinal, a pergunta que não se cala. Nem pode. É nela que a vida lateja.







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