Tudo evoluiu?
- Eliza Maciel

- 17 de mar. de 2023
- 1 min de leitura
“Tudo evoluiu; não há realidades eternas como não há verdades absolutas” Nietzsche
É muito comum que nos primeiros anos da vida adulta visitemos o território da arrogância. Acreditamos conhecer as manha e artimanhas da existência e quanto maior o sucesso, mais nos esquecemos de que não realizamos absolutamente nada sozinhos, que antes de nós muito foi feito e que junto conosco muitos colaboram.
Na medida em que a maturidade avança, costumamos confundir experiência com verdade e assim acreditamos que o jovem “não sabe nada”; que lhe falta vivência etc. Depois, quanto mais vamos perdendo terreno e comando, mais vamos assumindo uma posição saudosista e melancólica. Quem nunca ouviu a frase “no meu tempo, as coisas eram muito melhores...”?
Aquilo que é orgânico para geração mais jovem é um aprendizado para os mais velhos; assim como aquilo que é experiência adquirida da maturidade aponta para o caminho ainda a ser trilhado pela juventude. Freud nos alertou que “só a experiência própria é capaz de tornar sábio o ser humano”. Mas, faz parte da sabedoria a consciência não só da própria ignorância – quanto mais sei, mais sei que me falta saber – quanto a aceitação de que as certezas construídas ao longo do caminho estão sempre aptas a serem mudadas, transformadas, reformuladas.







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